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sábado, 8 de dezembro de 2007

Avaliação da Semana da Consciência Negra






Ao finalizarmos as atividades da "Semana da Consciênca Negra", em nossa escola é tempo de avaliarmos o que foi realizado. A comissão organizadora, formada por mim, Madebe, Alexandra, Jucéli, constatou que todos os objetivos propostos foram alcançados. Contudo, entendemos que não é um tema que se esgota numa semana, mas que cotidianamente deve estar contemplado no espaço escolar, extensivo a outras abordagens. Pois, o desafio da escola é ser acolhedora, receptiva a toda diversidade que nela está inserida, não apenas étnica. Pensar em datas específicas, desvinculada de um currículo inclusivo, seria uma mero paliativo. Tivemos nesta semana inúmeras vivências enriquecedoras que guardaremos na memória. Memória de um lugar, memória de uma cultura, memória de uma etnia, memórias que se entrelaçaram nas falas do presente, passado próximo e passado distante de nós. Como não guardar: o rosto marcado pelo tempo de nossa griô centenária Maria Marconfa dos Santos Barboza(103), que relata-nos fatos relacionados a guerra de 30, seus chás, benzeduras, versos e cantigas; a fala ligeira e expressiva da griô Paula Maria Rodrigues, primeira moradora do lugar, que emociona-se ao falar da infância. Também tivemos a diversidade de sons, que eclodiram com a batida do rap, os atabaques dos capoeiristas e a suavidade do gospel. Encontros de africanos de diferentes países, contribuindo com o seu conhecimento para um melhor entendimento de nossos antepassados, presentes na história dos afro-brasileiros. Presenças significativas que partilharam suas vivências, suas conquistas e explanaram com propriedade sobre o tema abordado. Manoel, Carlão, Raquel, Will, Guillo, Tamborero, Ice, Rose, Mauro, Dn'Jay, Mateus, Marcelo,irmão Cláudio, padre Benvindo,Iolanda, João Miguel, Juliano, Teleco, Jeferson, Quizomba, Cadência do Samba, Tiago e Luciane acompanhados de alunos e alunas da EMEF Senador Salgado Filho, comunidade escolar, tê-los conosco foi maravilhoso. Emoção, conhecimento, trocas, acolhida, reflexão, afeto, enfim ....... parece que até o cupido deu uma flexada em alguns corações, rsrsrs, é aguardar para ver.

Um comentário:

Professor Barboza disse...

Parabéns pela iniciatica. É importante conscientizar as pessoas desde a infância da responsabilidade social, da necessidade do conhecimento histórico e da obrigatoriedade de fazer com que essa história seja difundida. Essa não deve ser uma iniciativa somente das escolas mas, de toda sociedade, principalmente das famílias que formam a grande base de influência do comportamento social e cultural das pessoas.

José Antonio de Lima Barboza, mestrando em Educação, Comunicação e Administração e professor da FTS - Faculdade Taboão da Serra e da FAAC - Faculdades Associadas de Cotia