O estudo da "Cultura e História da África" deveria fazer parte do currículo, como preconiza a Lei 10.639, mas infelizmente, não é o que está ocorrendo na prática. A sua inclusão faz parte de iniciativas isoladas de alguns professores, que já apresentavam um trabalho direcionado na contemplação de todas as etnias, independente da lei. A resistência a inclusão do "Estudo da Cultura da África", é explicável pelo fato de estarmos numa sociedade em que o racismo é velado e que todas as manifestações que remetam a alteração deste quadro, encontra vozes contrárias apregoando de que tais práticas são racistas. Mudar, sempre exigirá posicionamentos, atitudes firmes, pois requer desacomodação. A lei 10.639, vem romper um ciclo hegemônico de uma educação eurocêntrica, contudo a sua aplicação é fundamental para a construção de nossas crianças negras e não negras na perspectiva de uma sociedade mais justa e de oportunidades iguais para os desiguais. Para contribuir em nossa 1ª Semana da Consciência Negra, contamos no dia 23 de novembro com o coordenador do COOPA(Comitê Pró-Ações Afirmativas), que explanou consoante a trajetória da etnia negra no contexto do nosso país e do professor Mateus Ceni, que abordou sobre a capoeira. Também tivemos neste dia a presença de alunos e alunas dos 4ºs anos da EMEF Senador Salgado Filho, acompanhados do professor Tiago Trevizani e professora.
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