Dia do Índio? Com este questionamento iniciamos a nossa semana de discussão alusiva a cultura da comunidade caingangue, também aproveitamos os cadernos disponiblizados pelo COMIN, que neste ano versa sobre a a etnia guarani. Quando trabalhamos com algumas datas específicas é imprescindível, trazer a tona que as mesmas devam ser observadas ao longo do ano, da vida. Ou seja, Dia do índio é todo dia, pois todo dia é dia de gente. Avalio que a semana foi bastante produtiva com vários olhares sobre a cultura indígena em especial a caingangue, pois há 2 anos estamos com um diálogo mais próximo, em decorrência das trocas que se deram, já estiveram em nossa escola, bem como, fomos na sua comunidade em São Leopoldo. No dia 15 de abril expus um texto com o título "Qual a cor"? E, baseados neste texto produziram coletivamente o texto que segue, que diga-se de passagem ficou belíssimo. Fiquei emocionada com a produção. Como é um trabalho coletivo, tivemos a participação maior de aluns e algumas, contudo pela observação que realizamos neste período de trabalho, há avanços significativos, o que me deixa satisfeita. Eis o texto:
Todas as cores são belas
O sol chegou e ele era amarelo, clareou o mundo com sua cor bela.
O azul é a cor do mar, o azul é a cor do céu, no céu vive o anjo Gabriel.
O preto é a cor da noite, do silêncio, do descanso, da escuridão. Toda noite a gente reza com razão.
A noite é bonita, é tão bela e, também é cor de gente.
A noite as estrelas brilham como vela, iluminando as ruas da favela.
O vermelho é a cor do sangue, do amor no coração. Dentro do meu peito bate uma paixão.
O verde é a cor da festa que brilha na felicidade da floresta. Quem desmata, atrapalha esta festa.
O branco é transparente, é a cor do vento, é a cor da paz é o que dizem nas igrejas.
Laranja é o fruto da beleza da natureza.
Todas as cores são belas, não se apagarão enquanto a gente viver.
Beijos no coração, Maria Ester do Nascimento.